Caro leitorado, até que enfim, um dos mais sérios problemas de nosso futebol, parece que vai no rumo do conserto. É o que se relaciona com o público. Mas que público, seu Garrincha, se não tem mais este produto no jogo de bola profissional desta quente cap? Ora, caro leitor ou leitora, (não importa que seja de qualquer dos três sexos) o público que a gente tinha, os torcedores que enchiam o estádio Lindolfo Monteiro e até meiavam o Albertão. Sim, nós já tivemos o Albertão cheio, lotado, já tão cheio que quase caia. Pois desde aquele tempo que os engenheiros não pensaram numa rampa para pessoas deficientes fisicamente, os que não podem entrar como nós, andando, mesmo com pernas finas ou tortas. Pois o caso chegou até ao Ministério Público que botou o pé na parede e disse que sem uma rampa para os deficientes físicos entrarem, o Albertão não ia abrir para jogo nem de peteca. É a famosa “acessibilidade”, o direito de entrar, o “habeas corpus” do deficiente físico. Pois já faz é tempo que rola esta pendenga e agora o governo , através do órgão competente, a Fundesp, arreglou como era de arreglar e vai ter que fazer mesmo o que manda a lei. Saiu o edital, no Diário Oficial deste 24 de abril, onde o presidente Marcos Aurélio Pádua Ribeiro Gonçalves, avisa a quem interessar possa que as portas estão abertas para o recebimento de propostas para a feitura da rampa do Albertão. E que o estádio só funciona quando tiver a tal de rampa para cegos e aleijados. Enquanto não fizeram o serviço e bem feito, os que enxergam e andam ou correndo ou pulando, não podem e nem tem o direito de ver o futebol no Albertão. Esta proibição de jogo no Albertão foi desde aquele jogo do Santos contra o Flamengo. Só teve a partida naquele dia porque fizeram uma rampa quebra-galho, provisória. Agora a promotora que é durona já disse que ou faz ou não tem jogo. Por conta disso, o futebol profissional cabeça de cuia fica prejudicado, fora da Copa Nordeste deste ano, só para o próximo e se fizerem a rampa como manda o figurino. Isto não é coisa ligeira não, porque ainda tem a tal de licitação que é onde as corujas dormem, onde entra o “diga meu bem”. O certo é que o nosso sacrificado pebol vai pegando mais uma porrada em plena era cesariana. Agora só será aberto para o ano. E tomara que quando isto acontecer, ele venha ao menos com um serviço de auto-falante destas quermesses do subúrbio. Porque eles (estadual e municipal) acham que informar não é preciso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário