Greve dos bancários

Gentes boas, os trabalhadores em bancos estão em greve. Chico Wilson, presidente do Conciliábulo (bar do Carlito) e que já foi bancário como este escriba, sentimos saudades dos tempos passados e ultrapassados. E hoje, porque hoje é sábado, ele anuncia que o rango vai ser farto porque é patrocínio do Chico Bactéria, aquele que nunca trouxe carne de bode com arroz branco. Mas como hoje é sábado é dia de pelada nos bairros e também nos sítios dos mais abonados porque futebol é alegria do povo, quer jogando quer, assistindo e por falar em assistir, o Piter Loco voltou a assistir os jogos e parece que ele estava num convento de franciscano, caladinho, quieto e pacato. E veio com um azar danado porque apanhamos de 3 x 0 do Cruzeiro e Seedorf ainda perdeu um penâlty. Como novidade, a presença de Erberth Henrique, outro botafoguense doente, esteve lá com o “menino“ dele E falando em azar, o nosso Botafogo é o um dos 13 clubes do mundo mais azarados. Está em sexto lugar e na lista dos seus “caés”. Perdeu seu estádio, por causa de dívidas e quando conseguiu se recuperar, o estádio havia sido demolido. E meus, irmãos, Seedorfh perder um penalty é muito azar mesmo. Mas azar mesmo foi do Xerife, nosso contador de mão cheia. Numa tarde só, foi expulso de campo, jogava no Piauí, saiu contundido, foi prá casa, o carro deu o prego em cima da ponte do Mafuá e quando chegou em casa a mulher tinha fugido com outro. Hoje ele diz que foi a maior sorte. Bola pra frente. Mas mesmo sendo greve dos bancários, hoje eles vão é jogar peladas, na AABB , nos Economiários mas tendo muito cuidado com a saúde porque o Felipinho estava bonzinho, correndo feito um menino vadio e de repente deu um peripaco e lá se vai ele para um lugar que ninguém sabe se tem jogo de bola ou se o povo fica só tocando arpa e comendo nuvem sabor hortelã. Destas peladas de final de semana, a única que eu confio é na do doutor Batista, ali em Todos os Santos, porque ele sendo especialista não deixa ninguém morrer por falta de “fogo”. Mesmo assim, o Dedinho, completando 72  ninhos, abeirou e disse ‘É o cão quem vai morrer correndo atrás de bola. Se fosse “ao meno”, atrás de mulher... 

Vigia de xoxota

Geraldo Ferreira Paixão, conhecido mais por Jaú, morador fundador do conjunto habitacional Redenção, bem pertinho do estádio Albertão, em Teresina, capital do Piauí,eterno-presidente de associação do bairro, abriu uma verdadeira guerra contra os namorados frequentadores da pracinha, único espaço físico para amassos á sombra. Era plena época do BRO (setembro, outubro, novembro, dezembro),quando o calor é tinindo e urubu voa baixo e só com uma asa que a outra é para ir se abanando. Dizem também que nesta época se estrelam ovos no asfalto mas deve ser boato porque até hoje ninguém se atreveu a sentar nu no "pinxo" como a negrada chama o dito cujo asfalto. Pois conta  dona Custódia,moradora mais antiga e encarregada de espalhar os boatos, que o Jaú e mais uns dois cupinchas começaram a fiscalizar os namoros e ainda a dar sermão aos jovens namorados. A campanha chegou até a ser matéria no jornal O Dia, página Cidade, com a manchete:- Namoro na praça é proibido - O sub-título rezava que " Polícia é chamada para conter os jovens namorados recalcitrantes". " O negócio, seu repórter, é que o namoro deles é muito saliente. Não ficam só conversando como era de primeiro", palavras de Jaú no jornal. " Eles ficam num chupa-beiço desgraçado, amassando os peitos das moças e o pior é que elas deixam.Ninguém pode mais vir na praça que fica é com vergonha da chumbregação deles.Já achei foi camisinha em cima dos bancos.Usada, camisinha usada ! Os jovens  da Redenção ficaram revoltados com a atitude do presidente da associção do bairro. Mas não desistiram dos namoros porque o amor é lindo.Tomaram suas medidas de precaução. Estão mais cuidadosos.Sempre escalam um do grupo para ficar na espreita. Quando seu Paixão Jaú vem se aproximando da pracinha, o vigia dá o alarma:- Galera, manda as meninas vestirem as calcinhas que o vigia de priquito tá chegando !

Cavalo Velho

Jogos universitários de 1968

Em 1968 uma delegação de jovens aventureiros e esportistas partiram de Teresina rumo à Salvador da Bahia em uma Kombi, para participar dos jogos universitários de 13 a 22 do mês de Julho de 1968. Luiz Pilão, Cecílio, Raimundo, Erivan, Alcione e Zé Augusto. Ribamar, Garrincha, Zé Lorota e Loiola. Obs : destaque para os agasalhos da FPD .

Jornalistas,1970

Jornalistas,1970, Genésio Araújo Junior, Luiz Borges , Zózimo Tavares, Paulo Moura e José Fortes Filho. Em Regabofe, O papo estava bom e a cerveja também estava gelada.

Casa de ferreiro...

Gentes boas, caro leitorado, diz o velho ditado que em casa de ferreira o espeto é de pau. Deveria ser de ferro mas não é. Assim como em casa de pescador só se come panelada e mão de vaca... No nosso caso aqui, por exemplo, em casa de fornecedor de noticia ou jornalista, radialista e agora “ computadorista”, “nunxixabe” nada da situação da Associação Profissional dos Cronistas Desportivos, nossa falada APCDEP. O povo quer saber o que é que está acontecendo e ninguém sabe nada, ninguém diz nada, parece coisa de maçonaria. Depois da decisão judicial designando o cunhado do Buim (dr. Edilson) para ser o Interventor, ele tomou posse solenemente, houve reunião na sala do TJD, com uma porção de cronistas e penetras e o Interventor se entronou e pediu um tempo para resolver o pendenga. Mas o tempo passa como diz o Dídimo de Castro transmitindo jogo e nada do homem dar noticia de sua atuação se esquecendo de que a entidade é da imprensa, gente que vive de noticia e boatos e ele, Antonio Wilson, toma posse temporariamente e se fecha em copas e nem imprensando-o ele fala. A negrada fica de cara pra cima e ninguém sabe de nada e nem do paradeiro de Manezim. Quem responde pela entidade é um sobrinho do João Benigno, um barbudinho, que nem cronista é e a segunda pessoa é um baixinho que faz jogo de mulher, o Alan Delon. Olha o nome da fera. Aliás, nesse “ramo” eles são bem direcionados. E o que se vê agora é o Zé Gomes e o Chico Rato, os dois pedindo votos para presidência da entidade, coitada, que hoje, encontra-se na bancarrota e instalada em lugar incerto e ignorado, depois de uma serie de troca e badrocas cujas legalidades, se examinadas, não passariam, nem da primeira, quanto mais das subsequentes.Quando este escriba entregou a APCDEP, ao meu sucessor Walteres Arraes, ela era possuidora de uma quadra na Maloca, perto da praça do prefeito Wall Ferraz, hoje avaliada em vinte milhões de reais. E assim sendo, reverendo, os homens que divulgam noticias não dão noticias de sua entidade. Todo mundo calado e o acusado desaparecido  E o Interventor também dá o calado por resposta. Feito o Coronel Jofre. Na Net... 

Futebol é coisa séria...

Tão séria que quando o juiz rouba, prejudicando um time, o torcedor dele diz que ele fez palhaçada. Coisa to séria que o dirigente não usa nem chapéu. É Cartola. Futebol é coisa tão séria que tem um juiz em campo e só falta mesmo um desembargador. È como o casamento. Tem contrato civil. O futebol é mais duradouro do que o ato sexual. Exige noventa minutos e quando não há prorrogação. O futebol é coisa de meter gol e se, acaso, sair zero a zero é porque não jogaram com chuteira. Foi sapatão.   

Jogo do Tiradentes no Albertão em 1973

Jogo do Tiradentes no Albertão em 1973, com Murilo Resende , Cel Câncio , Cel Reinaldo e Garrincha

Campo do Jockey

Enquanto rola a querela sobre a venda do Jockey Clube do Piauí, a negrada aproveita o excelente campo de futebol e joga bola. Agora mesmo, o time do Picos, sob a liderança de Paulo Laureano, treina lá para ficar no ponto em seus compromissos profissionais. Esse Paulo Laureano está se revelando um danado. Representa Picos mas cuida do time em Teresina.        

Jogaram praga

Gentes boas, caríssimos leitores deste matutino, acompanhantes deste escriba na luta pela divulgação e sobrevivência deste futebol tupiniquim, jogaram praga de madrinha no nosso jogo de bola. Depois daquela confusão toda sobre a presidência da federação de futebol, onde muita gente sentou na cadeira da direção, onde roubaram o dinheiro do seu Reinaldo e até hoje “nunxixabe” quem foi e como ele já morreu é que não se descobre mesmo e acabou se dando ao Cesar o que era de Cesarino guindado ao posto maior de nosso esporte bretão. Auxiliado por Bronw Carcará, o Gordo, César tem feito de um tudo para soerguer nosso association. Mas o barco é muito pesado e se tem uns remando em cima, parece que também tem outros segurando por baixo e a canoa parece que encontra é lama e não água para singrar os mares ou mesmo as águas do rio Parnaíba. E depois, se todos se juntassem, dessem as mãos, tudo bem mas tem uns & outros que torcem contra, não cooperam. Vejam o exemplo do mais tradicional, o mais poderoso, o de maior nome    cenário esportivo, o River Atlético Clube. Perdendo o campeonato deste ano, bestamente, pebamente, estava fácil, fácil, os riverinos tiraram o time de campo de outras competições. Nem de campeonato de peteca ele participa. E olhem que o clube tinha uma coisa que nenhum clube já teve neste Estado. Alimentação balanceada e gratuita fornecida por empresa de grande conceito e que dava até cozinheira, copeira, sem o River pagar nada. O Galo deu tanto azar que até a empresa pegou fogo, coitada Mas, vida que segue. Possuindo imóvel para hospedar atletas, campos para treinar, piscina, tudo em quanto o River tem, lá perto da Vila Irmã Dulce e do conjunto Porto Alegre. Pois o River, acabado o certame, dissolve o time, como sal de fruta em copo d’água e não participa das competições da federação. Ficam os seus pobres seguidores, desesperados, nos facebooks da vida, caçando conversa e desiludidos com a direção do seu time de coração. É, meu caro leitorado, jogaram praga de madrinha no Galo Carijó e por tabela no futebol cabeça de cuia. Saravá, meu pai Xangô ! Missa do Zé Ureia.  

Time do Fortaleza , anos 60

Um grande time do Fortaleza,no tempo de Renato,Croinha, Mozarzinho , Cesar Rebelo

Wall Ferraz e Jofre Castelo Branco

Primeiro mandato de Wall Ferraz. Jofre, Osmar, Rodrigues Filho, Moisés Caddah e Antônio Carlos Carneiro .

Cadê o povo?

Minha gente, a coisa está feia. O nosso povo se esqueceu do nosso futebol. Nunca pensei que a televisão com jogos em São Paulo, Rio, Minas, Paraná, e até o rádio fossem concorrentes do futebol ao vivo. Pois estão sendo. Sábado e domingo, tivemos dois bons jogos no estádio Lindolfo Monteiro e tu acreditas que não tinha “ninguém“? O pouco povo que estava lá não dava para encher o ginásio da AABB. Sábado, tinha umas cabeças de sangue no LM, mas ainda tem a desculpa de que era o Piauí quem estava jogando contra um time do interior, Piripiri e não dava renda. Mas domingo, meu irmão, era o Flamengo, tido como o mais popular e tinha até menos do que no sábado. Um riverino, o Marcelão Tennile, cortando as mágoas de ficar de fora como bandeira de mata-mosquito, ainda diz no “face” “:Um time entra em quadrangular se achando a cola Santander Libertadores. Os torcedores se acham a melhor coisa do mundo, não colocam nem 300 pagantes no estádio e a diretoria pensando que iria burlar o regulamento. Agora que era líder vai v irar lanterna sem pilha. ”Na verdade, Marcelão, o problema não é só do Flamengo, é de todos os clubes e se o River estivesse no meio, também as rendas seriam bufas de anum. O nosso jogo de bola profissional atravessa a mais séria fase de liseira, de afastamento da plebe rude e ignara, da massa, do povo e da chamada “sociedade” que é aquele povo metido a rico. Não se fecham, impunemente, dois estádios de futebol e um ginásio de esportes. Verdão, Albertão e até nosso Lindolfinho. Esporte, tanto a prática como a assistência, é costume, é vivência é a necessidade de diversão. É como dançar. Quem para de bailar se descostuma, fica de pernas duras. Quem pára de ir ao futebol se esquece do caminho do estádio, do gosto do refresco da Teresa Fogoió, do Pastel de Maria Divina, de gritar “Cabeça de Pato”, de mexer com o Carlos Said, de xingar o juiz de ladrão. Não adianta dizer que é a televisão quem está tirando nosso povo do futebol. Negativo. São os próprios dirigentes, os cartolas de meia-tigelas ou os meio-cartolas  os lisos. Urge que se tomem urgentes providências para a recuperação de nosso futebol. Governo, prefeitura, empresários, porque o futebol é a maior diversão coletiva do povo, melhor individual continua sendo o outro sexo e agora até os dois juntos fazem a festa. E o povo? Cadê o povo no futebol?  

Garantia

Radialistas

Pedro Alcântara , Ben-Hur , Garrincha , Vicente , Tiberinho , Morais Filho e Airton Soares .

Diga Meu Bem !!!

Centro de Teresina , quando ainda estava invadida por ambulantes.

100 anos não são 100 dias...

Gentes boas, neste domingo, o Esporte Clube Flamengo, na segunda partida do treinador Paulo Moroni, viaja para os Picos. Dizia o saudoso Zé da Silva que Picos era a terra onde pitomba era fruta e jumento era carro de praça. Já se foi para a outra dimensão, mas seus ditos ainda continuam lembrados nas conversas do mercado da Vermelha. Pois o Flamengo de Paulo Moroni enfrenta o Picos de outro Paulo, que é o Laureano e tendo como treinador adversário, o Anibal Lemos, que também já passou pelo Flamengo, que time de futebol é como mulher da Beth Cuscuz. Os homens passam. E não deixam saudades. Técnico de futebol é uma categoria mais falsa do mundo. Um aperta a mão do outro e até “deseja” felicidades, mas no fundo, no fundo, um quer é botar no outro como a vaca botou no mestre Alfredo. Vejamos o jogo de hoje, Picos x Flamengo. Moroni vem arrumando o seu time que tem mais jogador que era do Parnaiba do que do próprio Flamengo. Conhecedor do rame-rame da região, especialista em futebol do nordeste, com amplo currículo  por estas bandas, o treinador do Flamengo enfrenta o técnico Anibal, apelidado de Cara de Anjo, seu velho conhecido e adversário muitas vezes. Estando há pouco tempos nos Picos, ainda não pode ter se ambientado à comida com muito alho, mas os jogadores, ele manjam bem. Tudo é farinha do mesmo saco, jogador de futebol e rapariga, tem as mesmas manha e manias. O grande lance é o “incentivo fiscal”, a grana, o bicho prometido. Não vai ser mole para o Flamengo. A arbitragem central é do Antonio Lopes, que tem apitado até direitinho. Vai ter como bandeiras o Tiago Leitão e Edmilson Timóteo e o terceiro ajudante é o Antônio Francisco Cordeiro.   

Livro do Jofre

Estou pensando seriamente em escrever um livro sobre as peripécias do ex-presidente da Federação de Futebol do Piauí, o coronel Jofre do Rego Castelo Branco. Não só na política como no futebol. Uma figura que deixou sua história na política e no futebol de Teresina, coronel também foi professor do Liceu Piauiense e dizia que só faltava ser arcebispo e governador. Aguardem.