Minha gente, a coisa está feia. O nosso povo se esqueceu do nosso futebol. Nunca pensei que a televisão com jogos em São Paulo, Rio, Minas, Paraná, e até o rádio fossem concorrentes do futebol ao vivo. Pois estão sendo. Sábado e domingo, tivemos dois bons jogos no estádio Lindolfo Monteiro e tu acreditas que não tinha “ninguém“? O pouco povo que estava lá não dava para encher o ginásio da AABB. Sábado, tinha umas cabeças de sangue no LM, mas ainda tem a desculpa de que era o Piauí quem estava jogando contra um time do interior, Piripiri e não dava renda. Mas domingo, meu irmão, era o Flamengo, tido como o mais popular e tinha até menos do que no sábado. Um riverino, o Marcelão Tennile, cortando as mágoas de ficar de fora como bandeira de mata-mosquito, ainda diz no “face” “:Um time entra em quadrangular se achando a cola Santander Libertadores. Os torcedores se acham a melhor coisa do mundo, não colocam nem 300 pagantes no estádio e a diretoria pensando que iria burlar o regulamento. Agora que era líder vai v irar lanterna sem pilha. ”Na verdade, Marcelão, o problema não é só do Flamengo, é de todos os clubes e se o River estivesse no meio, também as rendas seriam bufas de anum. O nosso jogo de bola profissional atravessa a mais séria fase de liseira, de afastamento da plebe rude e ignara, da massa, do povo e da chamada “sociedade” que é aquele povo metido a rico. Não se fecham, impunemente, dois estádios de futebol e um ginásio de esportes. Verdão, Albertão e até nosso Lindolfinho. Esporte, tanto a prática como a assistência, é costume, é vivência é a necessidade de diversão. É como dançar. Quem para de bailar se descostuma, fica de pernas duras. Quem pára de ir ao futebol se esquece do caminho do estádio, do gosto do refresco da Teresa Fogoió, do Pastel de Maria Divina, de gritar “Cabeça de Pato”, de mexer com o Carlos Said, de xingar o juiz de ladrão. Não adianta dizer que é a televisão quem está tirando nosso povo do futebol. Negativo. São os próprios dirigentes, os cartolas de meia-tigelas ou os meio-cartolas os lisos. Urge que se tomem urgentes providências para a recuperação de nosso futebol. Governo, prefeitura, empresários, porque o futebol é a maior diversão coletiva do povo, melhor individual continua sendo o outro sexo e agora até os dois juntos fazem a festa. E o povo? Cadê o povo no futebol?
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